terça-feira, 27 de agosto de 2013

Crack: a droga da vez

Nem bem lancei o livro "Encantos da Amazônia", já estou a mil escrevendo um novo livro, desta vez sobre o crack. Foi um convite incrível que me fez mergulhar na pesquisa desse mundo terrível que envolve o uso da droga. Assim, gostaria de partilhar com vocês algumas das informações que estou absorvendo durante este trabalho, dando sequência às postagens sobre substâncias nocivas para o cérebro.

* O crack não é mais tido como uma droga restrita a usuários pobres. Atualmente, tem envolvido pessoas de todas as classes sociais e de todas as faixas etárias - inclusive idosos!

* Muitas vezes, o crack começa a ser usado na falta da cocaína, pois sua composição é feita com base nessa droga, misturada ao bicarbonato de sódio. A diferença é que é fumada, geralmente em cachimbo.

* As consequências de seu uso, no entanto, são ainda mais devastadoras, pois a substância chega mais rápido ao cérebro que as outras drogas, criando um efeito mais intenso e que passa mais rápido, o que automaticamente cria a necessidade do novo uso e a dependência praticamente imediata.

* A pessoa dependente de crack - praticamente todos os usuários - passa a ter necessidade de fumar uma pedra atrás da outra, com intervalos de minutos. Por isso, é muito comum ficarem dias seguidos "virados", só fumando. (Soma-se a isso o fato de a droga eliminar a necessidade de sono e de fome: há relatos de pessoas que ficaram quase vinte dias sem dormir.)

* O crack parece uma droga barata, pois uma pedra custa de R$ 10 a R$ 20. No entanto, como a pessoa precisa fumar grandes quantidades diárias, o prejuízo é tanto que quase sempre ela precisa vender todos os seus pertences para conseguir bancar o vício, muitas vezes partindo em seguida para a criminalidade ou para a prostituição.

* O tratamento mais indicado para o crack atualmente é a internação em uma clínica que contenha acompanhamento médico e psicológico. São necessários ao menos 15 dias de internação para a desintoxicação e um período de ao menos 3 meses até que a pessoa comece a ter condições mais plenas de se conscientizar sobre sua situação. A prática esportiva e o comprometimento com outras atividades são fundamentais para melhorar sua saúde, autoestima, convivência social e bem-estar.

Por hora é isso. Espero que seja útil para vocês repassarem.
Beijos e juízo.

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